Renan Calheiros disse que não pretende apresentar relatório parcial sobre o primeiro mês da CPI da Covid
Presidente da CPI, Omar Aziz havia solicitado a entrega do documento

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O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia, disse nesta sexta-feira (28) que não pretende apresentar um relatório parcial com informações sobre o primeiro mês de funcionamento do colegiado no Senado Federal - o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), havia solicitado a entrega do documento. De toda forma, segundo Calheiros, já existem algumas constatações, entre elas, de que teria faltado colaboração entre os Poderes, por conta do diálogo dificultado por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro. "Temos clareza absoluta que muitas vidas poderiam ter sido salvas se o governo tivesse adotado um comportamento público, com decisões lógicas e objetivas, em favor da ciência e em defesa da vida dos brasileiros", acrescentou o relator.
Para o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AM), os depoimentos até agora mostram que houve omissão do governo quanto à contratação das vacinas e que existia uma espécie de "ministério paralelo" de aconselhamento a Bolsonaro, que defendeu o tratamento precoce e a tese da "imunidade de rebanho" para derrotar a pandemia. "O que no nosso entendimento, se mostrou fracassado", opinou Randolfe.
Na próxima semana, a CPI da Pandemia ouve, a partir das 9h, a médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi, que defende o uso da cloroquina e o tratamento precoce. Em depoimento prestado à CPI em 11 de maio, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou que Nise propôs mudança da bula da cloroquina em reunião no Palácio do Planalto no ano passado. Em relação aos documentos, são 300 Gigabytes solicitados, sendo que 1/3 é de conteúdo sigiloso. Como uma comparação, a CPI das Fake News reuniu 5 Gigabytes de documentos.


