Ricardo Tavares deixa prisão usando tornozeleira
Ex-secretário adjunto foi preso pela Operação Falso Negativo

Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília
O ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares Mendes, deixou na tarde desta quinta-feira (21), o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, após colocar tornozeleira eletrônica. O médico, que foi preso no dia 25 de agosto, é o segundo dos oito presos na Operação Falso Negativo a ser solto. Na última terça-feira (20), a juíza titular da 5ª Vara Criminal de Brasília, Ana Cláudia de Oliveira Costa Barreto, revogou a prisão preventiva do médico.
Na decisão, a magistrada determinou que o ex-gestor use tornozeleira eletrônica por seis meses. Além disso, ele também deve cumprir medidas cautelares, como proibição de sair do Distrito Federal e de manter contato com os demais investigados na Operação Falso Negativo e funcionários da Secretaria de Saúde do DF. A defesa do médico divulgou uma nota após a decisão da juíza: “Ricardo Tavares Mendes é um médico ortopedista com 18 anos de carreira, boa parte prestada no serviço público do DF. Sua soltura representa a correção de uma injustiça. Temos a convicção de que, agora, solto, exercerá sua ampla defesa e demonstrará a sua mais absoluta inocência”, diz o documento.
Caso
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) prendeu oito ex-gestores da Secretaria de Saúde do DF e denunciou 15 pessoas por fraude à licitação e peculato, entre outros crimes. A 5ª Vara Criminal de Brasília aceitou a denúncia, em 21 de setembro de 2020. De acordo com o MPDFT, Ricardo Tavares foi um dos gestores que atuaram para “garantir que a licitação fosse direcionada às empresas que seriam contratadas, o que se observa pelos prazos exíguos para apresentação de propostas e, até mesmo, de insumo e do quantitativo de testes rápidos para detecção da Covid-19”. Em 13 de outubro, o ex-subsecretário de Vigilância à Saúde Eduardo Hage também deixou a prisão, após liminar expedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).