Salvador é de papel

Foto: Divulgação
A frente fria vinda da região Sudeste trouxe fortes chuvas a Salvador, que deixou a cidade alagada e seus moradores desamparados, tamanho estrago com ruas e avenidas completamente inundadas, queda de muros e falha na energia.
É como Salvador fosse feita de papel. Em toda e qualquer chuva forte, a capital baiana se transforma em um pandemônio ambulante, que vai dos congestionamentos à impossibilidade de se chegar ao trabalho, escolas ou fazer qualquer atividade, e isso tanto em bairros periféricos como no centrão.
Não bastasse todos estes problemas, as chuvas trouxeram algo ainda pior: famigerados discursos de autoridades soteropolitanas para contornar os problemas estruturais de Salvador.
É quando, lastimavelmente, ACM Neto e sua turma dão as caras com dados, pesares e suplícios, no intuito de amenizar agravantes primários da cidade, que entra e sai governo, ficam sempre à margem dos projetos populistas e midiáticos.
E ACM está há sete anos como prefeito para entender as demandas de Salvador quando o assunto é chuva. Como atual chefe do Executivo local, deve ser cobrado, independente se outras gestões também negligenciaram intervenções em pontos estratégicos da cidade para o correto escoamento de água, por exemplo.
Não adianta só mencionar números, falar dos investimentos e providências a serem tomadas enquanto as enchentes continuam a castigar e desordenar.
A população, no entanto, também te sua parcela de culpa nos estragos sofridos pela capital quando volume pluviométrico atinge níveis elevados. É preciso parar de jogar lixos nos canais, nas ruas ou em qualquer lugar inadequado – os porcalhões sabem, falta apenas largar o osso do pouco-caso diante do meio ambiente e do vizinho.