Saúde pede cautela após erro em vacinação de crianças contra a Covid-19, na Paraíba
Segundo Queiroga, 48 crianças entre 5 e 11 anos do município de Lucena (PB), receberam incorretamente doses destinadas a adultos

Foto: Reprodução/R7
O Ministério da Saúde pediu cautela na vacinação do público infantil contra a covid-19, após o caso de crianças que foram vacinadas com doses destinadas a adultos. De acordo com o ministro Marcelo Queiroga, pelo menos 48 crianças entre 5 e 11 anos do município de Lucena, na Paraíba, receberam incorretamente a vacina, antes mesmo de as doses pediátricas chegarem ao Brasil.
O ministro definiu o episódio como "erro vacinal". Ele esteve na região e se reuniu com gestores locais e autoridades de saúde. Além disso, visitou uma mãe cujo filho foi indevidamente vacinado. "Essas doses foram aplicadas antes da distribuição das vacinas específicas. É o que nós consideramos erros vacinais", disse Queiroga, durante entrevista, nesta segunda-feira (17).
Ainda segundo o ministro, os municípios precisam receber todas as orientações, considerando ser esse um dever das secretarias de estado. "O Ministério da Saúde acompanha todos esses casos. Temos que cuidar para que não haja esse tipo de erro novamente."
A pasta tem monitorado as crianças que foram indevidamente vacinadas, sobretudo por terem recebido uma dosagem três vezes maior do que a recomendada para a faixa etária. No âmbito administrativo, um processo para investigar as responsabilidade foi instaurado. O MPF (Ministério Público Federal) também acompanha o caso.
O órgão paraibano pretender ouvir, ainda nesta semana, a auxiliar de enfermagem responsável pelas aplicações para avaliar se a ação foi feita de maneira deliberada ou se foi um erro. Além dela, autoridades de saúde do município e do estado paraibano e famílias responsáveis pelas crianças vacinadas incorretamente, prestarão depoimentos.
A Prefeitura de Lucena informou que a responsável pelo suposto erro está afastada e teria aplicado as doses "indevidamente e sem autorização". "Esclarecemos que a decisão foi tomada individualmente pela pessoa que fez a aplicação, sendo uma falha pontual e que não partiu de determinação da administração municipal", disse a prefeitura, em nota.


