Secretários de Fazenda dos Estados cobram reforma tributária ampla que inclua também ICMS
Dois pontos da proposta foram rejeitados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes

Foto: MARCOS SANTOS/USP IMAGENS
Os setores empresariais que temiam uma votação relâmpago da proposta de reforma tributária no final de 2020, estão aliviados com o prolongamento do prazo. Mas os Estados querem evitar que a proposta volte à estaca zero. Os secretários de Fazenda dos Estados querem garantir uma reforma ampla que não fique restrita aos tributos do governo federal. Para isso, eles vão se reunir por videoconferência, na próxima semana, com o relator da reforma, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
O secretário de Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, disse que muitos investimentos já foram feitos na discussão da proposta e que o relatório de Aguinaldo deve ser aproveitado para ser colocado em votação.
Padilha também lembra que a proposta dos secretários de Fazenda teve apoio unânime dos governadores.
Dois pontos da proposta foram rejeitados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes: a destinação de recursos federais para o fundo de desenvolvimento regional e a forma de composição do conselho gestor que vai administrar o novo tributo que seria criado pela reforma, o Imposto sobre Bens e Serviços, para reunir impostos federais, estadual e municipal que incidem sobre o consumo.
O secretário de Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, endossa o coro para que a reforma não comece do zero.
Já o presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers, Glauco Humai, considerou o tempo maior para a tramitação como uma "solução apaziguadora".