Servidores da Abin solicitam saída de diretor-geral indiciado pela PF

Luiz Fernando foi indiciado no inquérito que investiga o uso ilegal da inteligência durante o governo Bolsonaro

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Servidores da Abin solicitam saída de diretor-geral indiciado pela PF

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis), que representa a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), divulgou, na tarde desta terça-feira (17), uma nota solicitando a saída da atual cúpula do órgão, liderada pelo diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga o uso ilegal de ferramentas de monitoramento da agência, caso conhecido como "Abin Paralela".

"É inadmissível que indivíduos sobre quem pesam acusações graves de obstrução de justiça continuem ocupando cargos de comando na Abin. O próprio diretor-geral afastou de cargos servidores orgânicos que eram apenas citados nas investigações. Pela mesma lógica, não pode ele próprio se manter no cargo máximo da agência, com poderes para seguir incorrendo nos alegados crimes", diz a nota.

A Intelis reforça que alertaram a sociedade e o governo sobre o "absurdo" de ter mais uma gestão de delegados da Polícia Federal à frente da Abin, e não servidores de carreira de inteligência. Além disso, os servidores cobram mais uma vez da Casa Civil, à qual a Abin é vinculada, a saída da cúpula atual.

"É absurdo sequer cogitar a permanência da atual direção e a continuidade do processo de definhamento e desmonte da Inteligência de Estado, a mais maltratada e desvalorizada entre os grandes países do mundo. É ainda pior que membros de outro órgão do poder executivo queiram opinar na mídia sobre os rumos de uma atividade que desconhecem e que não deveriam possuir ingerência", conclui a nota.

Confira a nota completa:

PF indicia 35 pessoas no caso da Abin Paralela

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 34 pessoas no âmbito do inquérito que investiga o caso Abin Paralela. O relatório com as conclusões das apurações foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e deve ser enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Além de Bolsonaro, entre os indiciados estão o ex-diretor da Abin e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o atual diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa, e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ).

Leia também: 'Abin paralela': veja autoridades alvo de 'ação clandestina' de espionagem

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário

Nome é obrigatório
E-mail é obrigatório
E-mail inválido
Comentário é obrigatório
É necessário confirmar que leu e aceita os nossos Termos de Política e Privacidade para continuar.
Comentário enviado com sucesso!
Erro ao enviar comentário. Tente novamente mais tarde.