Alexandre de Moraes ordena que Google informe quem inseriu "minuta do Golpe" na Web

Ministro do STF atendeu um pedido da defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres

Por Da Redação
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Alexandre de Moraes ordena que Google informe quem inseriu "minuta do Golpe" na Web

Foto: Reprodução/Internet

Em decisão emitida dentro da Ação Penal 2.668, que investiga uma trama para a tentativa de um golpe de Estado após a eleição de 2022, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu, nesta terça-feira (17), que a empresa Google comunique, dentro do prazo de 48 horas, os dados de quem colocou a “minuta do golpe” na internet.

Moraes atendeu a um pedido da defesa do ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, em que os advogados afirmam que “em uma simples busca no site Google com a expressão ‘conjur/dl’, é possível encontrar, até o dia de hoje, uma minuta de conteúdo idêntico àquela encontrada na residência de Torres”.

Torres disse que não recordava de ter recebido a minuta do golpe e, ainda chegou a brincar, dizendo que seria uma “minuta do Google”, que teria como pesquisar na internet, no depoimento que deu como réu ao STF. 

Moraes, contudo, determinou que a defesa de Torres mostre uma prova pericial para “demonstrar que o conteúdo da ‘minuta do Google’ encontrada na casa do ex-ministro não tem qualquer semelhança com os demais documentos supostamente antidemocráticos mencionados durante a instrução”.

O ministro ainda solicitou uma perícia audiovisual no vídeo da live feita em 29 de julho de 2021, quando o então presidente Jair Bolsonaro, ao lado de Anderson Torres, mencionou que teve fraudes nas urnas eletrônicas no decorrer das eleições de 2018, mas não apresentou provas.

Acareações

Ainda nesta terça, Moraes autorizou a acareação entre o o tenente-coronel Mauro Cid e o general Braga Netto, que são réus também na Ação Penal 2.668. A acareação foi solicitada pela defesa de Braga Netto. 

Outra acareação autorizada por Moraes foi entre Anderson Torres e o ex-comandante do Exército no governo Bolsonaro, general Marco Antônio Freire Gomes.

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