Sob a sombra da segunda onda

Confira o editorial desta quarta-feira (6)

[Sob a sombra da segunda onda]

FOTO: Arquivo/Agência Brasil

Noticiários dão conta que a Europa vive a segunda onda da pandemia da covid-19 e o alerta, ou alarde, é que o Brasil está na eminência de uma nova crise – de fato, segundo boletins estaduais e municipais pelo país, os registros apontam aumento, a partir deste mês de novembro, de internações pela doença do novo coronavírus. 

O momento é péssimo. Fim de ano, economia que vem numa crescente devido ao aquecimento de diversos setores e, entre tantos outros indicativos, a população quase se acostumando ao retorno próximo à normalidade, após meses de confinamento. 

A ideia de uma segunda onda da pandemia vem do fato que as medidas de contenção da doença (isolamento social, ampla testagem de pessoas com sintomas, rastreamento de contatos etc.) raramente conseguem exterminá-la por completo. Conseguem, isso sim, reduzir em muito o número de casos em qualquer período de tempo.

Mas como a covid-19 é uma doença altamente contagiosa, uma única pessoa infectada pode transmiti-la a centenas de outras. Por isso, mesmo que uma cidade fique meses em quarentena, um único caso após a reabertura pode fazer com que a pandemia volte com força total. Essa “volta” é a tal segunda onda, e pode ser ainda mais letal do que a primeira em alguns casos.

Um estudo publicado em outubro nos EUA, Canadá, Filipinas e Moçambique encontrou fatores que podem afetar a força desta segunda onda. Notaram, por exemplo, que a probabilidade de um país ter uma segunda onda é maior em locais em que a taxa básica de reprodução da doença é menor. Essa taxa básica é, resumidamente, o número de pessoas para as quais cada infectado transmite a doença.

O lado ‘positivo’ é que não há ‘segredos’ para prevenir uma segunda onda. As medidas necessárias são as mesmas de toda a ocorrência da pandemia e é uma restrição que a população deve seguir. Diminuir a velocidade da transmissão da doença, independente de nova onda ou supostas mutações do vírus, dependente primeiro da consciência do indivíduo em se prevenir e prevenir a vida de outros.


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