Soldados, que mataram músico e catador no RJ, têm habeas corpus negado pelo STM
Crimes aconteceram em 2019, quando militares dispararam mais de 250 tiros de fuzil

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Oito militares tiveram habeas corpus negado pelo Superior Tribunal Militar (STM), nesta quara-feira (11). Todos estão presos pela morte do músico Evaldo Rosa dos Santos e do catador de recicláveis Luciano Macedoe, em Guadalupe, na zona oeste do Rio de Janeiro (RJ).
Os crimes foram cometidos no ano de 2019, quando os militares dispararam mais de 250 tiros de fuzil contra o carro em que Evaldo, sua mulher, o filho de 7 anos, o sogro e uma amiga se dirigiam a um chá de bebê. O músico morreu na hora. Luciano, que tentou ajudar a família, também foi atingido e morreu poucos dias depois.
Sete dos acusados foram condenados a 28 anos de prisão. O outro, Ítalo da Silva Nunes, recebeu 31 anos e seis meses de prisão em regime fechado, pois era o oficial responsável pelo grupo e foi o primeiro a atirar.
A defesa dos oito militares impetrou o pedido de habeas corpus para tentar anular o julgamento. Segundo a advogado dos réus, Renata Alves de Azevedo, o processo originário deveria ser anulado pois houve a exibição de documentos que não constavam dos autos, dentre eles, um vídeo sobre a lesividade de um tiro de fuzil.