Tabagismo passivo e a covid-19

Confira o editorial deste domingo (19)

[Tabagismo passivo e a covid-19]

FOTO: Divulgação

Um tabagista passivo inspira até três vezes mais CO (monóxido de carbono) do que um fumante. Inspira, ainda, mais de 50 substâncias cancerígenas a mais do que a pessoa que, com um cigarro, soltou a fumaça. São índices alarmantes que ajudam a entender que tabagistas passivos ficam tanto com imunidade reduzida e, consequentemente, mais propensos à covid-19, quanto um fumante.

Não existe medicamento ou tratamento indicado ao tabagista passivo, trata-se de uma questão de conscientização da pessoa que ‘fuma por tabela’, seja na própria casa ou num ambiente de trabalho fechado. O ideal é não ficar perto do tabagista e, principalmente, instruí-lo a abandonar o tabaco, mostrando os malefícios e como a saúde de ambos é severamente afetada.

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 10,7% de pessoas não fumantes estão expostas à fumaça de produtos de tabaco no ambiente domiciliar, sendo que as mulheres não fumantes e as pessoas com 18 a 24 anos de idade apresentaram os maiores percentuais.

O agravante é decorrente de qualquer fumaça derivada do tabaco, seja de cigarro com também de charuto, cachimbo e até mesmo de cigarros eletrônicos. E não existe ainda uma distância ideal para não ser um tabagista passivo, basta estar num mesmo ambiente com quem fuma, inclusive se tiver janela aberta. Tampouco tempo junto ao fumante, pode ser de 10 a 30 minutos, a diferença é que é pior para quem vive junto.

Inclusive as doenças que podem acometer um fumante podem aplacar um tabagista passivo. Têm as mesmas complicações, o pulmão é atacado. As principais doenças são infarto e AVC, mais do que câncer de pulmão.

O cigarro causa um efeito que aumenta a aterosclerose, que é o entupimento das artérias, inflamando o corpo todo. O infarto é porque entope as artérias e geralmente é um problema de muito tempo, com risco de evoluir para um quadro agudo inclusive no tabagista passivo. Pessoas com pressão alta (hipertensos) e que podem ser considerados tabagistas passivos têm mais risco de um infarto e AVC, assim como acontece com fumantes.


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