Tabuleiro interativo possibilita "conversa" entre pets e humanos

Fluent Pet viralizou após uma cachorrinha norte-americana decorar mais 90 palavras

Por Da Redação
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Tabuleiro interativo possibilita "conversa" entre pets e humanos

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Ao que tudo indica, o sonho de “conversar” com os pets de forma mais humana pode se tornar real com a ajuda do  Fluent Pet, conhecido também como tabuleiro interativo. O painel, criado no ano passado, possibilita aos donos uma interação linguística mais humanizada com os animais. Contudo, é preciso muito treino e dedicação. A informação é do jornal Correio Braziliense.  

O tabuleiro ficou conhecido depois que os vídeos da Bunny, uma cachorrinha norte-americana, viralizaram nas redes sociais. A pet, que tem apenas dois anos, decorou mais de 90 palavras do painel. A tutora, Alexis Devine, disse, em uma entrevista, que a cachorrinha é uma mistura de cão pastor com poodle. Ela contou ainda que decidiu testar o método de conversa com Bunny após ver vídeos de uma fonoaudióloga que estava ensinando à sua cadela algumas palavras em inglês por meio desse painel.

Depois disso, Alexis decidiu treinar Bunny para conversar com ela pelo painel de botões e, além disso, resolveu compartilhar todo o processo com mais de sete milhões de seguidores nas redes. Ao ver o interesse do público, Alexis Devine levantou o debate:  os cachorros realmente conseguem se comunicar dessa maneira com as pessoas? Para a veterinária comportamental Jade Petronilho, da Petlove, é possível, sim, “conversar” com os animais dessa maneira. 

Segundo a especialista, é importante treinar e condicionar o animal para as palavras que fazem sentido para eles. Ela destaca, entretanto, que é necessário perceber se o pet aperta os botões apenas para ganhar atenção e dar uma de “espertinho” com o tutor. “O pet pode fazer isso de forma avaliativa. Pode, também, aprender que toda vez que ele aperta, ganha comida. Ou seja, ele está se comunicando com a pessoa, mas não necessariamente ele estaria com fome toda vez que clicasse no botão de pedir comida”, ressalta Jade Petronilho.

A veterinária também destaca que é necessário tomar cuidado com esses brinquedos e aparelhos eletrônicos, pois os pets podem ficar muito ansiosos com eles. Por exemplo, se em alguma situação o animal não tem o tabuleiro ao seu alcance, pode desenvolver algum problema de comportamento. O pet e os tutores não devem ficar dependentes do painel. Além disso, é importante compreender o tempo do pet. 

Pedro Rios, adestrador e passeador, explica que a maneira de usar o painel é ensinando um comportamento para o cão. Ou seja, ele aprende que no momento em que aperta o botão, compreende que vai ativar tal comportamento. Segundo ele, melhor do que um painel com botões para conversar com o animal, é entender o que eles dizem com o corpo. 

O adestrador considera que as pessoas estão se interessando pelo painel, pois a humanidade acredita que um dia terão um nível humano de interação linguística com os animais. “Mesmo sendo um típico pensamento antropocêntrico, dar sentido e significado para o que não compreendemos é o que nos move; então, se algo diz que seu cão ‘conversará’ com você, aquela chama de esperança ganha combustível”. 
 

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