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Tarcísio Gomes diz que vinculação de receitas limita investimentos públicos

Ministro da Infraestrutura defende nova discussão de regras

Por Da Redação
Ás

Tarcísio Gomes diz que vinculação de receitas limita investimentos públicos

Foto: Reprodução

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse nesta terça-feira (14), durante reunião pública na Câmara dos Deputados, que a sociedade brasileira precisa voltar a discutir algumas regras que, a seu ver, limitam a capacidade do Estado remanejar parte do dinheiro do Orçamento público destinado a gastos condicionados por lei e investir esses recursos em obras de infraestrutura. 

“A questão do orçamento é um desafio que vamos ter que encarar em algum momento. Vai ser necessário rediscutir, por exemplo, a questão da vinculação excessiva de receitas. Porque, de outra forma, não vamos conseguir criar espaço para os investimentos públicos necessários”, disse.

A vinculação de receitas é um mecanismo constitucional que obriga os governos a priorizar certos gastos públicos definidos em lei. Este e outros mecanismos que estabelecem quanto de dinheiro público deve ser destinado a determinadas áreas, como Saúde e Educação, costumam ser alvo de críticas de quem entende que muitas despesas obrigatórias, ou pré-carimbadas, engessam a execução orçamentária, limitando a margem de manobra para o Poder Público alocar recursos naquilo que também julga prioridade.

Para mostrar as dificuldades orçamentárias, o ministro citou o caso da rodovia BR-174, que liga Manaus a Boa Vista. “A manutenção da 174 está toda contratada, mas vai depender de suplementação [orçamentária] para ser intensificada. Estamos com os contratos de manutenção, mas não temos recursos. Isto está acontecendo no Brasil inteiro. Vivemos uma falta de recursos dramática que tem prejudicado o andamento dos trabalhos”, afirmou Freitas.

Além disso, o ministro falou sobre o tema ao defender a necessidade de investimentos públicos em setores e regiões de importância estratégica pouco atraentes para a iniciativa privada. “Mesmo com o Orçamento muito baixo [e restrições fiscais], temos procurado entregar obras públicas. Entendemos que só as concessões [de ativos como rodovias, aeroportos e até florestas públicas] não serão suficientes, pois há regiões onde o setor privado não consegue atuar, pois não são atrativas”, disse o ministro.

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