Tentativa de sair da pandemia

O Brasil pós-Feriado de Tiradentes foi agitado por governos estaduais e municipais alçando medidas de flexibilização da quarentena. Distintos planejamentos do retorno gradual das atividades comerciais, isto é, mais pessoas em circulação nas ruas, dão o tom que o país precisa para começar a se reorganizar ainda durante o combate à Covid-19. 

Aquela que era a grande preocupação, a superlotação dos leitos de hospitais para tratar toda a demanda de pacientes (com ou sem Covid-19), parece estar sob controle, ao menos em grande parte do país. Brasília e São Paulo, estados foco do vírus, ainda tem leitos de UTI disponíveis, e este é um fator importantíssimo para se pensar na flexibilização da quarentena. 

Em algum momento, o país precisa, mesmo, retomar a economia com toda a sociedade de volta à dinâmica de antes da pandemia. Mas, apesar da tentativa dos governos em conduzir este retorno necessariamente amparado em ciência, testagens e fiscalização, o sentimento de conforto fora de casa – e isso dependerá do bom senso e respeito à vida por parte de cada indivíduo – deve ser moderado. 

O ineditismo da situação demanda cautela. Como uma grande engrenagem, cada setor dos estados e municípios devem conduzir com minimalismo o plano de flexibilização e, o norte, é e será sempre preservar a vida. Mesmo com o incentivo à rotação da economia, é preciso manter o alerta à população de que o vírus continua circulando e ainda está longe de ser erradicado.