Tesouro Direto terá título específico para aposentadoria em 2022

Secretário do Tesouro Nacional afirma que esse tipo de título tem um papel de educação financeira e previdenciária muito importante

Por Da Redação
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Tesouro Direto terá título específico para aposentadoria em 2022

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

No aniversário de 20 anos do Tesouro Direto, o Governo prepara o lançamento de um título voltado especialmente para a aposentadoria individual dos investidores pela plataforma do programa de venda através da internet.

Em entrevista ao Estadão,  o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, diz que os estudos para o Tesouro Direto-Previdência farão a parte do cardápio dos papéis ofertados.

Esse modelo de investimento conta com um período de acumulação, de 30 anos a 40 anos, no qual o aplicador não recebe o pagamento pelo Tesouro do fluxo de juros do papel. Somente depois disso, o investidor passa a receber o pagamento mensal como se fosse uma aposentadoria.

Veja o exemplo: caso o investidor queira, após 40 anos, ter uma renda de R$ 5 mil, vai saber qual a quantidade de títulos deve comprar para garantir na aposentadoria essa renda mensal por 20 anos.

“Hoje, o mercado de previdência fala muito da rentabilidade. Não fica claro qual é a renda que o poupador vai ter. Temos que mirar a renda ”, explicou Valle. A ideia é lançar o novo papel ao longo de 2022.

Paulo Vale diz que esse tipo de título tem um papel de educação financeira e previdenciária muito importante. Ao falar sobre resistências que surgem ao papel dos fundos de previdência privada, o secretário que a criação do Tesouro Direto, há duas décadas, não agradou a indústria de fundos, as depois esse mercado reconheceu a importância do programa.

O desenho do novo papel é inspirado nos estudos do Nobel de Economia, Robert Merton, do seu colega Arun Muralidhar. E mais recentemente também do brasileiro Fabio Giambiagi. Em conjunto com os colegas Mauricio Dias Leister., Arlete Nese e André Dovalski, Giambiagi publicou um artigo sobre o tema pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV .

Giambiagi entende que o cidadão merece ter essa alternativa no seu “cardápio” de opções. O texto dos economistas traz o resultado de algumas simulações.

Uma das tabelas, extraída com base no site www.longevitaprevidencia.com , mostra que, assumindo um juro real anual de 3%, uma aspiração a uma renda mensal de R $ 1.000 por 20 anos requerida acumular até a aposentadoria um capital de R $ 197 mil e que isso pode ser conseguido com depósitos mensais de R $ 264 durante 40 anos.

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