Testemunhas de Mauro Cid afirmam que militar é 'obediente' e 'leal' ao cumprir missões
Defesa do ex-ajudante de Bolsonaro tentam desvencilhar o delator de questões políticas

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
A defesa do coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou a etapa de depoimentos na ação que apura a existência de uma trama de golpe de Estado para desvincular a imagem do militar de qualquer envolvimento em intenções golpistas.
Em audiência ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (22), as testemunhas saíram em defesa de Mauro Cid, que foi citado como alguém “obediente”, “leal” e “correto”. Ao todo, oito militares foram listados pelos advogados do ex-ajudante de ordens. Foram eles:
Flávio Alvarenga Filho (general)
João Batista Bezerra (general)
Edson Dieh Ripoli (general)
Julio Cesar de Arruda (general e ex-comandante do Exército)
Fernando Linhares Dreus (coronel)
Raphael Maciel Monteiro (capitão)
Luís Marcos dos Reis (sargento)
Adriano Alves Teperino (capitão)
O general Edson Dieh Ripoli afirmou em depoimento que Mauro Cid “cumpria rigorosamente as missões” que eram delegadas a ele. “Todas as missões que dei pra ele ele cumpriu muito bem. Naquele ano em que trabalhei com ele, ele foi leal e correto”, disse.
O coronel Fernando Linhares Dreus também pontuou que Cid sempre se mostrou “obediente” às ordens recebidas.
A defesa também aproveitou para questionar as testemunhas sobre o envolvimento de Cid em questões políticas. Nesse sentido, o ex-comandante do Exército, General Júlio César Arruda, afirmou que nunca discutiu “questões políticas” com o ex-ajudante de ordens.
Os depoentes convocados nesta quinta (22) também negaram qualquer conversa com Cid sobre ações ou estratégias relacionadas a um possível impedimento da posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em janeiro de 2023.
Os depoimentos estão sendo coletados pela Primeira Turma do STF, no âmbito do inquérito que apura a existência de uma trama golpista no país, após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.