Tratamento precoce com cloroquina ganha força no Brasil
Presidente Jair Bolsonaro após fazer o uso afirmou que "se sente perfeitamente bem"

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A tomada de decisão da chancelaria do Ministério da Saúde para o tratamento precoce foi uma das escolhas que trouxe polêmica sobre o tema porque faz uso de medicações que não são indicadas cientificamente para tratar a infecção de Covid-19, doença do novo coronavírus, a exemplo de azitromicina, um anti-flamatório e a hidroxicloroquina, que é utilizada no tratamento de lúpus, malária e doenças autoimunes. As informações são da revista Veja.
Após o presidente Jair Bolsonaro testar positivo para a doença no último dia 7 de julho, ele chegou a anunciar que fez o uso das medicações e afirmou que estava "se sentido perfeitamente bem".
O protocolo trouxe discussões e a criação de um conselho científico, o grupo reúne 10 mil profissionais de diversos estados e hospitais brasileiros que participam da plataforma que foi nomeada como "Covid tem tratamento sim", no qual teve mais 4 milhões de acessos em apenas três semanas de funcionamento.
Em junho, o tratamento com a cloroquina havia sido aclamado no início da pandemia, mas em junho a autorização foi suspensa com a justificativa de que "o medicamento apresenta riscos, sem nenhum benefício aparente", e a Organização Mundial da Saúde (OMS) interrompeu o uso da cloroquina em seus testes,
Mas um novo grupo multidisciplinar realizou uma pesquisa em meio aos argumentos contrários do uso da cloroquina. O estudo foi publicado pelo Sistema de Saúde Henry Ford, em Detroit, Michigan, entidade sem fins lucrativos, que apresentou a análise de 2.541 pacientes, nos quais entre os que tomaram a cloroquina em no máximo 24 horas depois da infecção, o índice de morte foi de 13%. Já entre os que não receberam, 26,4%.
No entanto, a publicação foi alvo de críticas porque os pacientes do estudo não foram voluntários e sim selecionados para vários tratamentos com base nos critérios estabelecidos pelo grupo de estudos.