Uma pessoa negra é morta pela polícia a cada 24 horas na Bahia, aponta estudo

O novo boletim ‘Pele alvo: a cor que a polícia apaga’, divulgado pela Rede de Observatórios da Segurança nesta quinta-feira (17), mostra que uma pessoa negra é morta pela polícia a cada 24 horas na Bahia. No ano passado, segundo o levantamento, foram 603 mortes. O estado é o mais letal do nordeste, apresenta o maior número absoluto de mortes na região e tem o maior percentual de pessoas negras mortas pela polícia quando se é descartado os não informados - 98%. 

A capital baiana, por sua vez, registrou 299 mortes por agentes do estado e somente uma dessas pessoas não era negra. Dos dez bairros com os maiores índices no município, nove são majoritariamente negros. De acordo com o boletim, o bairro de Castelo Branco é o que tem o maior número de mortes, com 14 registros no ano passado. Ao analisar o estado como um todo, o estudo aponta que Salvador, Feira de Santana e Camaçari são os municípios em que a polícia mais mata pessoas negras. 

Os dados são das secretarias de segurança e foram obtidos pela Rede de Observatórios da Segurança via Lei de Acesso à Informação (LAI). “Os números mostram que a polícia é o núcleo duro do racismo no Brasil: ao menos cinco pessoas negras são mortas por policiais todos os dias”, diz o boletim.

Recorte nacional>>>>Ao menos cinco negros são mortos pela polícia todos os dias