Urgência em flexibilização no Mercosul
Confira nosso editorial desta sábado (27)
O mandatário brasileiro Bolsonaro, assim como o presidente do Uruguai, Lacello Pou, têm razão: o Mercosul precisa ser muito mais do que é, hoje, com 30 anos de existência. A exigida flexibilização do ainda complexo e desunido bloco sul-americano permitiria a negociação de acordos comerciais, por todos os países-membros, de forma individual.
As farpas trocadas no encontro da cúpula do Mercosul, na sexta-feira (26), que celebrou as três décadas de atividades da organização intergovernamental, é um evidente sinal de bagunça e falta de unidade.
É ruim para as nações e é ruim para as intenções de Brasil e demais membros perante Europa, Ásia e outros blocos econômicos com quais existem importantes e fundamentais intenções comerciais.
A agenda de modernização do Mercosul necessariamente deve passar pela ideia de flexibilização, diferente do que pensa do presidente argentino, Alberto Fernández, este momento delicado e de eminente estrangulamento econômico é, sim, gatilho para se debater a ideia.
Os pífios índices de quase todos PIBs sul-americanos nos últimos anos, e acirrados pela crise da covid-19, legitimam a urgência de se permitir, com uma eventual flexibilização, as negociações dos membros do Mercosul em expandir as negociações comercias com outros países.