Vacina bivalente apresenta baixa adesão pelo público idoso mesmo com estoque reforçado
Segundo o ministério da saúde, apenas um a cada quatro idosos foram vacinados

Foto: INCOS Fiocruz
Já passa de um mês desde o início da campanha de aplicação da vacina bivalente contra Covid-19 em grupos mais vulneráveis ao agravamento da doença, porém, apenas um em cada quatro idosos do mais de 70 anos elegíveis para receber o imunizante o tomaram até o dia 26 de março.
Esses idosos fazem parte dos primeiros grupos a serem chamados onde se encaixam pessoas acima de 70 anos, indivíduos imunocomprometidos, residentes de lares de longa permanência e seus funcionários, indígenas, população ribeirinha e quilombola; e o critério de elegibilidade para a vacinação é o esquema vacinal completo, com pelo menos duas doses da vacina monovalente, sendo que a última deve ter sido administrada com um intervalo mínimo de quatro meses.
O alvo da primeira fase da vacinação era atingir 18,7 milhões de pessoas, que fazem parte dos grupos acima, mas deste total, apenas 3,6 milhões (19,4%) tomaram o reforço com a vacina bivalente. E em relação aos idosos com mais de 70 anos, o estimado pelo governo era que que 14 milhões de pessoas pudessem receber a vacina bivalente, mas até agora, somente 3,3 milhões (23,4% do total) procuraram os postos para atualizar a caderneta, com base nos dados disponíveis até o momento.
A cobertura está baixa também para os outros grupos que fazem parte da primeira fase do esquema vacinal e um dos motivos apontados pela pesquisa dos especialistas em em imunizações é que a baixa procura pela bivalente é a menor percepção de risco por parte da população.
Sem contar que também há uma dificuldade de convencimento das pessoas acerca da necessidade de manter o esquema de doses atualizado, principalmente devido ao cenário de desinformações nas redes sociais.
Mas o Ministério da saúde ressalta importância da vacinação e reafirma que O imunizante bivalente da Pfizer em uso no Brasil só foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) após comprovação de segurança e eficácia.
E cita também que a nova versão oferece uma proteção adicional contra a variante Ômicron do coronavírus, que atualmente é a predominante.