Vacina nasal pode ser mais eficaz e ter menos efeitos colaterais

Novo método pode reduzir riscos de infecções

Por Da Redação
Ás

Vacina nasal pode ser mais eficaz e ter menos efeitos colaterais

Foto: Reprodução / Unsplash

Um estudo do Centro Médico da Universidade de Chicago e da Universidade Duke publicado na revista científica Science Advances, na última sexta-feira (7), apontou que vacina pelas vias nasais podem ser mais eficazes e ter menos efeitos. 

A pesquisa analisou uma plataforma (base da vacina) que usa nanofibras peptídicas de montagem automática marcadas com antígenos, que vão preparar o sistema imunológico contra uma possível invasão.

Essas nanofibras podem induzir uma resposta imune e ativar células T (glóbulos brancos) sem o uso de adjuvantes adicionais, responsáveis por causar inflamação em algumas pessoas, e que estão associados a efeitos colaterais comuns de vacinas, como dor no local da injeção ou febre baixa.

Para testar o novo método, o gruo resolveu aplicá-las por via intranasal, uma espécie de spray no nariz. "Vimos que as fibras peptídicas por si só geraram uma forte resposta imunológica por meio da via intranasal", observa um dos autores do estudo, o professor Joel Collier, da Universidade Duke.

Os cientistas ainda afirmam que uma vacina que venha a ser desenvolvida sem adjuvantes terá muitas vantagens. Além de reduzir riscos de inflamações e a eliminação das agulhas, o que faz com que muitas pessoas não queiram ser vacinadas.

"Elas [agulhas] podem induzir uma resposta vasovagal, fazendo com que as pessoas desmaiem. A eliminação de agulhas de uma plataforma de vacina pode ajudar com este problema e pode significar que mais pessoas irão procurar a vacina", salienta o professor.

"Essas vias não são apenas isentas de agulhas, o que torna o acesso mais fácil e confortável para as pessoas, mas também podem provocar uma resposta imunológica diretamente nos pulmões ou nos tecidos da mucosa. Muitas infecções ocorrem pelas vias oral e respiratória, incluindo a covid-19. Então, ser capaz de desencadear essa resposta imunológica na área certa do corpo é muito útil e pode tornar a vacina mais protetora", explica outra autora e professora Anita Chong, da Universidade de Chicago.

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