Vendas de carros caem 5,4% no primeiro trimestre devido à pandemia

Agravamento da crise sanitária levou a redução da produção e das vendas

A Anfavea divulgou hoje (7), o balanço de vendas e produção de veículos no primeiro trimestre deste ano. O setor automotivo já começa a ser afetado pelo agravamento da segunda onda do coronavírus. Se comparado com o mesmo período do ano passado, a queda nas vendas de carros novos foi de 5,4%. Se formos comparar com o último trimestre do ano passado a retração é ainda maior e chega a 23%. 

De acordo com a entidade, a produção no primeiro trimestre registrou 597,8 mil unidades, 197 mil delas em março, melhor mês do ano. Foi um desempenho 2% superior ao do primeiro trimestre de 2020, em grande parte impulsionado pelos ótimos resultados de caminhões e comerciais leves. Mesmo com a paralisação de algumas montadoras na última semana do mês, por falta de insumos ou feriados antecipados devido ao agravamento da pandemia, várias montadoras conseguiram, num esforço logístico, completar unidades que estavam paradas nos pátios com alguma peça faltando.

O ponto positivo está no âmbito  das exportações. No primeiro trimestre do ano foram exportadas 95,8 mil, número 7,6% maior se comprado com o mesmo período do ano passado. 

O presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, ainda projetou as dificuldades dos próximo três meses. A primeira é a situação preocupante da pandemia que só deve se estabilizar a médio prazo com a aceleração da vacinação. Outro ponto é o conjunto dos fundamentos econômicos, ameaçado não só pela pandemia, mas também pelo excesso de ruídos políticos. Por fim, a falta de insumos e componentes é um fator que preocupa a produção dos próximos meses. 

Alta do ICMS

Moraes ainda comentou sobre o aumento de ICMS em São Paulo e mostrou preocupação, sendo que o estado significa 40% das vendas no país. “O que a gente tem que procurar fazer é sensibilizar que o aumento do ICMS é absurdo. Não temos consumidor no país que seja capaz de absorver esse aumento”, comenta. “Se somado com o aumento do dólar o mercado fica insustentável. Se não conseguimos convencer o governo, temos que alertar a queda de vendas e números no estado”, finaliza.


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