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Vídeo mostra advogado morto em Higienópolis saindo de bar e depois sendo golpeado por ladrões de celular

Causa da morte ainda não foi esclarecida

Por Da Redação
Às

Vídeo mostra advogado morto em Higienópolis saindo de bar e depois sendo golpeado por ladrões de celular

Foto: Reprodução/OAB-SP

Câmeras de segurança da rua Itambé, em Higienópolis, flagraram o momento em que o advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco foi abordado e agredido por um casal de ladrões de celulares poucos minutos antes de ser encontrado morto, no Centro de São Paulo. Os registros que foram obtidos pela polícia e indicam Pacheco saindo de um bar e aguardando a chegada de um carro de aplicativo na madrugada de terça-feira (30).

De acordo com o levantamento realizado pelo g1, os investigadores do 4º Distrito Policial, da Consolação, afirmaram a amigos e familiares que o advogado foi vítima de um latrocínio, que é roubo seguido de morte. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do governo de São Paulo.

"A investigação apura a dinâmica da ocorrência e o possível caso de latrocínio. Diligências estão em andamento, inclusive com a análise de imagens para o total esclarecimento dos fatos", afirma a secretaria.

Os investigadores disseram que Pacheco caiu depois de levar um soco e provavelmente bateu a cabeça, ficando desacordado. O casal de ladrões fugiu levando o celular, o relógio e carteira com os documentos pessoas do advogado.

Pacheco foi socorrido por uma pessoa que passava na região e acionou a Polícia Militar e o Samu, o serviço médico de emergência da capital paulista.

De acordo com o boletim de ocorrência, esta testemunha revelou aos policiais que Pacheco parecia estar com falta de ar e sofrendo uma convulsão.

O advogado foi levado ainda vivo para a Santa Casa de São Paulo, no Centro, onde morreu. Ele estava sem documentos de identificação. Em decorrência disso, Pacheco ficou 36 horas desaparecido.

Os investigadores apuram se Pacheco morreu pela batida na cabeça durante a queda ou se existe relação com algum outro problema de saúde.

A polícia ouvirá outras testemunhas para reconstituir todos os passos de Luiz Fernando Pacheco na noite do desaparecimento.

Suspeita de intoxicação por metanol foi descartada

Depois da descoberta dos vídeos, policiais descartaram, por ora, a chance de ele ter sofrido uma intoxicação por metanol. Houve ainda uma suspeita pois ele chegou a encaminhar uma mensagem para amigos em um grupo dizendo que havia ingerido metanol. Após a mensagem, ele parou de responder e os amigos ficaram preocupados. Ligaram no celular, na casa e na portaria do prédio e passaram a madrugada tentando encontrá-lo.

O advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador-geral do Prerrogativas, grupo que Pacheco auxiliou na fundação, afirmou que o amigo era "um dos advogados mais brilhantes, capacitados, sensíveis, generosos e ético do país".

"O Grupo Prerrogativas está de luto. E a advocacia também. Perdemos um de nossos sócio-fundadores. Um dos mais brilhantes, mais generosos, mais solidários e mais combativos advogados do país. Seguirá nos inspirando e vivendo no melhor de cada um de nós. Mais um latrocínio ao que parece. As circunstâncias desta morte violenta e inaceitável devem ser rigorosamente apuradas. Não aceitaremos que este episódio lamentável seja convertido em mais um dado estatístico", disse.

Quem era Luiz Fernando Pacheco

Com mais de 30 anos de atuação, o advogado era reconhecido pela defesa das prerrogativas da advocacia e do direito de defesa. Ela começou a carreira em 1994, no escritório do ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, em que se tornou sócio em 2000.

Em 2013, Pacheco fundou o escritório Luiz Fernando Pacheco Advogados, que é especializada em direito penal.

“Perdemos um amigo ímpar e um guerreiro do bem. A Ordem está em luto e o melhor que faremos é seguir honrando a luta pelo direito de defesa e das prerrogativas da advocacia, causas que ele abraçou com paixão e ética”, disse o presidente da OAB-SP, Leonardo Sica.

Na OAB-SP, Pacheco começou a atuação em 2015, como membro da Comissão de Direito Penal e Econômico. Em 2019, passou a integrar a Primeira Turma Julgadora do Conselho de Prerrogativas e se tornou conselheiro estadual. Entre 2021 e 2024, ele se dedicou voluntariamente à área penal.

Na gestão de Patrícia Vanzolini, em 2022, assumiu a presidência da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP, colaborando para o fortalecimento da advocacia paulista.

Pacheco também atuava como vice-presidente do Conselho Deliberativo do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) e integrou o Conselho Nacional Antidrogas da Presidência da República.

Confira mais no vídeo:
 

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