Vídeo: Sob protesto, professores pedem que Carlos Muniz retire de pauta proposta de reajuste salarial
Presidente da Câmara afirmou que a retirada do projeto depende do aval da maioria dos vereadores

Foto: Farol da Bahia
A sessão ordinária da Câmara de Salvador na tarde desta segunda-feira (19) foi marcada por fortes protestos dos professores da rede municipal de ensino, que estão em greve há 14 dias e criticam o projeto de reajuste salarial enviado pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) à Casa. Na ocasião, a categoria pediu que o presidente do Legislativo municipal, Carlos Muniz (PSDB), retirasse da pauta a proposta que prevê reajuste de pelo menos 6,27%.
Em conversa com a imprensa, Muniz explicou que não tem competência para retirar o projeto da pauta porque essa deve ser uma decisão da maioria. Segundo ele, o texto passará pelas comissões necessárias para que os vereadores analisem e julguem se está apto a ser levado ao plenário.
“Se os professores quiserem que o projeto seja retirado da pauta, colocarei em plenário para saber dos colegas se retiramos ou não. Só que isso aí não pode ser uma vontade só minha, é do colegiado da Câmara Municipal de Salvador”, disse o presidente.
“O projeto chegou a casa e está passando por todos os trâmites legais. Então, estamos fazendo tudo o que a lei determina e não iremos atropelar. Espero que a vontade dos professores seja realizada, mas não depende só da Câmara”, completou
Muniz afirmou ainda que já se reuniu com Bruno Reis para discutir o tema e que, segundo o prefeito, o projeto faz com que “todos os professores ganhem acima do piso”.
Entenda o projeto
Na última sexta-feira (16), o prefeito Bruno Reis encaminhou à Câmara Municipal uma proposta de reajuste salarial escalonado para os professores da rede municipal, com aumento mínimo de 6,27%.
Para garantir o pagamento do piso, o gestor optou por conceder percentuais maiores aos profissionais que recebem os menores salários. Pela proposta, os professores de Salvador de nível 1 e referência A terão reajuste de 9,25%; os de nível 1 e referência B receberão 6,65%.
Ao contrário do que defende o prefeito, a categoria afirma que o texto não garante o cumprimento do piso salarial para todo o magistério da rede municipal e, por isso, não colocaria fim à greve.
Confira o protesto e o que disse Carlos Muniz: