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Vítimas da Backer expõem indignação após reabertura do Templo Cervejeiro em BH

Vítima e representante falam sobre reabertura de restaurante

Por Da Redação
Ás

Vítimas da Backer expõem indignação após reabertura do Templo Cervejeiro em BH

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Luciano Guilherme de Barros, de 57 anos, foi uma das pessoas intoxicadas por dietilenoglicol após ingerir cervejas da Backer. Após o acontecido, ele passou por cirurgias, retirou 70 centímetros do intestino e teve as funções renais do organismo permanentemente comprometidas. Ficou 180 dias internado. Além disso, a vítima perdeu parte da audição e escuta com a ajuda de aparelhos. A visão ficou comprometida e os músculos do rosto, paralisados. As informações são do G1.

Mesmo com as consequências, o Templo Cervejeiro da Backer, no bairro Olhos D’Água, na Região Oeste de Belo Horizonte, retomou as atividades no último sábado (17). Para comemorar o retorno, um evento fechado reuniu convidados que degustaram outras cervejas, a Capitão Senra, um dos rótulos comprometidos com dietilenoglicol. Tudo gratuito.

A indignação toma conta de quem vive com as sequelas da contaminação. Pelo menos é o que relata a defesa de parte das vítimas, representada pelo advogado André Couto. Segundo ele, ninguém que sofreu as consequências da ingestão do dietilenoglicol recebeu qualquer recurso financeiro para custear os tratamentos. 

“Não há qualquer suporte financeiro prestado para as vítimas, que deixam claro não terem nada contra a marca e a reabertura, desde que as autoridades deem essa aprovação. O que as vítimas clamam e esperam é o suporte que não veio”, disse o advogado.

Luciano disse ainda que as despesas médicas relacionadas ao tratamento dele têm sido custeadas por ele próprio e pelo plano de saúde que ele paga. “Eles gastam dinheiro com a reabertura, uma comemoração não sei de quê. Comemorando a morte de tantas pessoas que se foram por causa da cervejaria. É uma afronta com a gente. Perdi 35kg, fiquei com dificuldade de caminhar, de ouvir, de enxergar e, até hoje, tenho dificuldade para falar. Tudo isso sem ajuda de custo nenhuma da Backer”, disse. Na última sexta-feira (16), a Justiça informou ter recebido a denúncia contra sócios e funcionários da cervejaria Backer. Com isso, 11 pessoas passam a ser consideradas rés no processo.

Funcionamento do local

Em nota enviado ao G1, a Prefeitura de Belo Horizonte disse que o local tem alvará de localização e funcionamento. A PBH reforçou sobre os cuidados que devem ser tomados pelos estabelecimentos no enfrentamento à pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, os quais também devem ser seguidos pelo restaurante. 

Já a Backer disse, em nota enviada ao G1, que "a reabertura do Templo Cervejeiro advém do respeito da Backer a todos os requisitos e condições legais de funcionamento. A empresa é a principal interessada no esclarecimento de toda e qualquer irregularidade relacionada com suas atividades e, nesse sentido, tem colaborado com o trabalho de autoridades e dos órgãos de fiscalização e controle, ao mesmo tempo que reafirmou a certificação da excelência de seus processos produtivos".


 

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