Votação da PEC Emergencial é adiada para próxima semana

Sem consenso e em meio a pressões de vários partidos, a Proposta de Emenda à Constituição 186/2019, a chamada PEC Emergencial, continua na pauta da sessão plenária da tarde desta quinta-feira (25) no Senado, mas apenas para que a discussão da matéria comece. “Hoje [o texto] vai ser lido para que na terça ele possa ser votado”, informou o relator, senador Márcio Bittar (MDB-AC).

A PEC Emergencial cria mecanismos de ajuste fiscal para União, estados e municípios. Nesta manhã, em reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), líderes partidários pressionaram para que o tema não seja votado hoje. Bittar não participou diretamente do encontro, mas mostrou que não pretende recuar na ideia da desvinculação.

Segundo o senador, nesse debate “há uma ditadura do pensamento único”, imposto por corporações “que dominam as universidades e as escolas no país. “São elas que determinam a educação no Brasil. Não é o prefeito, não é o governador, não é o presidente da República. Elas fazem uma contracampanha a essa proposta, muitas vezes mentindo descaradamente, por exemplo, que vão tirar dinheiro da educação. A proposta não tira um centavo do orçamento de ninguém. O que nós queremos fazer é restabelecer o estado democrático”, sustentou.

Um ponto controverso do debate está no trecho da proposta que acaba com os mínimos constitucionais para gastos com saúde e educação, o que gerou reação entre parlamentares e organizações da sociedade civil. O impasse deve atrasar a retomada do pagamento do auxílio emergencial. O projeto é de que até R$ 250 fossem pagos de março a julho, mas depende da aprovação da PEC.