A decadência do Ocidente, com seus valores, tem sido o mais recorrente dos temas tratados pelas ciências humanas, na atualidade. Autores famosos discutem o assunto e alguns, como James Burnham, chega a intitular um dos seus livros com o assustador epíteto de “O Suicídio do Ocidente”, no qual historia a evolução deste fatídico acontecimento.
Quando entre nós, no Brasil, festeja-se a medida adotada pelos Estados Unidos da América, com a finalidade de restringir vistos de entrada na grande nação americana de todas as autoridades de países da Europa e da América Latina, que tenham criminalizado a liberdade de expressão, instituto consagrado na Primeira Emenda da Constituição americana e incluído, entre esses pretensos “crimes”, cidadãos ou empresas daquele país.
Naturalmente, muitos brasileiros viram nesta medida uma dura reação do governo americano contra autoridades brasileiras, principalmente ligadas ao Poder Judiciário, que adotaram diferentes e constantes ações censórias contra cidadãos e empresas norte americana e cidadãos brasileiros residentes nos Estados Unidos.
Dessa maneira, os EUA protegeram os interesses relacionados com a sua soberania e jurisdição, contrariamente ao que supõem os frágeis e descabidos protestos da diplomacia lulista.
Provavelmente, não haverá lista dos sancionados, apenas anotações burocráticas dos órgãos da emigração, os quais, nos momentos oportunos, tomarão as ações restritivas já mencionadas, extensivas a familiares e aos que os americanos chamam de cúmplices desses crimes, exercendo, assim, direitos que lhes são internacionalmente conferidos.
Qualquer cidadão brasileiro, inconformado com o regime persecutório e ilegal existente em nosso país, rejubilou-se com essas medidas adotadas pelo governo americano, porém, muitos entre nós, consideram que a restrição de natureza migratória é insuficiente, mercê dos crimes contra os direitos humanos praticados pelas autoridades sancionadas nesse momento. Concordo, mas é preciso ter em mente que tudo tem seu tempo certo e medidas futuras não faltarão, tal tem sido a disposição do Governo dos EUA, em recuperar valores, que pareciam definitivamente desprezados. É bom ter bem atenção para que nos diz, com a sabedoria costumeira, o nosso Guimarães Rosa: “rir, antes da hora, engasga”!
Louvo, em primeiro lugar, o fato irrecorrível que o Governo de Donald Trump nos oferece, em benefício da Democracia no mundo e uma clara advertência para os corifeus do suicídio Ocidental. Não lograrão êxito. A defesa intransigente da liberdade de expressão, pilar dos regimes democráticos, ressurge mais fortalecida, quando proclamada pela mais pujante potência mundial. Os EUA recuperam, desse modo, um elemento que fez da nação americana uma fortaleza democrática. Inspirados em Benjamim Franklin os americanos reproduzem sua memorável lição: “aquele que deseja tirar a liberdade de nossa nação começará atacando a liberdade de expressão”.
Articulado e bem fundamentado, como convém a uma Democracia constituída num estado de direito, os EUA perceberam que, antes de mais nada, “tinha uma pedra no meio do caminho”. Removido este obstáculo, colocado com a finalidade de impedir o livre debate, o caminho para a Democracia estava pavimentado.
Não só as ditaduras latino-americanas, mas diversas democracias na Europa têm –se afastado dos princípios norteadores da aliança atlântica, hoje tão desconectada com os elementos fundantes do seu aparecimento, à época da guerra fria. Vários países europeus têm cedido à ideologia “woke” e desprezado valores cristãos essenciais à sua própria cultura nacional, além dos graves e ameaçadores problemas que os afeta.
A pedra do caminho, extraído do belo poema drummoniano, está sendo removida. O ar fresco da Democracia sopra nos dois lados do Atlântico!