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Confira o nosso editorial desta quinta-feira (30)

Foto: Agência Brasil
A função e a autonomia da Polícia Federal, entra e sai governo, é constantemente alçada a questionamentos, análises e controvérsias. É pauta recorrente do Brasil desde o reestabelecimento da democracia em 1989.
Minar o governo Bolsonaro com o assunto, apesar de pertinente ao movimento devido à cadeia de acontecimentos recentes pós-saída do então ministro da Justiça Sergio Moro, nada mais é do que fechar os olhos para a história.
É fato que presidente algum tem o poder de ingerência no órgão, no entanto, como pontualmente rememorado pelo ex-mandatário brasileiro Michel Temer, em entrevista no último domingo à TV Band, o chefe do Executivo pode – e deve, sim – falar com o chefe da PF ou, também, com a Inteligência do país.
A comunicação, aliás, é importante para tomadas de decisões numa eventual necessidade de dar garantias à soberania nacional. É, ainda, fundamental para eventualmente proteger a população brasileira, numa questão de integridade física, mesmo.
Temer, nesta citada entrevista (leia aqui), faz a pontual ponderação sobre o caso que ganha contornos erráticos em determinadas mídias. “Um problema de concepção”, ressalta o ex-presidente. Ou seja, pedir relatórios o Executivo pode, sim, e como demonizar um dirito presidencial, garantido em Constituição, com base em uma acusação – de algo ainda não comprovado – por parte Moro?
Existe um longo caminho, que nunca aconteceu, entre comunicar-se e intervenção política. O que existe é apenas uma linha imaginária traçada por detratores do governo.