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Apesar da crise energética, levantamento aponta alta de 7,7% no consumo de energia em 2021

Especialista afirma que podemos ter blecautes no 2º semestre

Por Da Redação
Ás

Apesar da crise energética, levantamento aponta alta de 7,7% no consumo de energia em 2021

Foto: Getty Images

Apesar dos impactos causados pelo baixo nível dos reservatórios, dados da Empresa de Pesquisa Energética apontaram alta no consumo de energia de 7,7% no ano. A retomada do crescimento econômico faz aumentar o consumo de energia, e o governo federal, para gerenciar a situação, teve de ligar as termelétricas, que são mais caras e, consequentemente, pressionam a tarifa da conta de luz.

Na avaliação do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, “estamos vivendo uma situação difícil”. Em entrevista à CNN Rádio, ele disse que acredita que pode faltar abastecimento: “Podemos, sim, ter problemas no segundo semestre de blecautes localizados e perda na frequência da energia”. Outro fator apontado pelo especialista é o aumento da conta de luz, que “chega ao limite”: “Não adianta aumentar muito mais a tarifa, porque o consumo não cai na mesma proporção, a consequência pode ser o aumento da inadimplência”.

De acordo com Adriano, houve demora para ligar as termelétricas. “A gente sempre fala que a energia mais cara é a que não tem, não tem outro jeito agora, mas demoramos, o Brasil tem uma matriz elétrica refém do clima, água, vento, estamos ficando reféns do sol, temos problema de planejamento do setor elétrico”.

Crise energética

Neste ano, o Brasil registrou a pior crise energética em 91 anos. As consequências do baixo volume de chuvas atravessam vários setores e impactam diretamente a geração de energia. Um levantamento feito pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico mostrou que, nos últimos sete anos, os reservatórios das hidrelétricas, responsáveis pela maior parte da energia gerada no Brasil, receberam um volume de água inferior à média histórica. 

Em maio deste ano, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico do Ministério de Minas e Energia, em razão da estiagem, deliberou sobre a necessidade de acionar usinas termelétricas para que fosse possível abastecer o país. Vale pontuar que termelétricas são mais poluentes e mais caras. Em junho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aumentou em 52% a parcela da conta que paga pelo funcionamento dessas usinas. Consequentemente, o consumidor também paga mais caro na conta de luz.
 

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