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Após defender Bolsonaro, Nunes diz que é 'difícil entender' rompimento da tornozeleira

Nunes falou com jornalistas durante um evento que reuniu políticos e empresários no hotel Palácio Tangará, na zona sul da capital

Por FolhaPress
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Após defender Bolsonaro, Nunes diz que é 'difícil entender' rompimento da tornozeleira

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Após dizer, no fim da manhã de sábado (22), que Jair Bolsonaro (PL) sempre cumpriu suas obrigações com a Justiça, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou na noite desta segunda-feira (24) que é "difícil entender" o que levou o ex-presidente a tentar romper sua tornozeleira eletrônica, o que o levou à sua prisão.

"É difícil entender o que uma pessoa na idade dele está passando [Bolsonaro tem 70 anos, e Nunes, 58], os problemas de saúde. O que eu vi pela imprensa, o que vocês colocaram, que reproduziu a versão dele, é que estava sob efeito de medicamento", disse. "É muito difícil a gente comentar algo se não estava lá, no momento, para acompanhar", complementou.

O prefeito disse ainda considerar que Bolsonaro estava sob "forte tensão psicológica e uso de medicamentos". Nunes afirmou imaginar "que seria muito difícil, emocionalmente, você passar por uma situação dessa. Não que justifique. Mas é o que eu tenho de informação", concluiu.

O prefeito havia repercutido a prisão de Bolsonaro antes de as imagens da tornozeleira eletrônica do ex-presidente serem divulgadas e mostrarem os danos que Bolsonaro confessou ter provocado. Foi a primeira vez que Nunes falou após o surgimento do vídeo do equipamento.

O alerta de rompimento do aparelho de monitoramento foi um dos fatores que levaram o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes a determinar a prisão de Bolsonaro na Polícia Federal, em Brasília, durante a madrugada de sábado.

Nunes falou com jornalistas durante um evento que reuniu políticos e empresários no hotel Palácio Tangará, na zona sul da capital. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) era esperado no evento, que constava em sua agenda, mas não compareceu.

O prefeito comentou os impactos da prisão de Bolsonaro para o cenário eleitoral do ano que vem dizendo que, em 2026, não será candidato e que irá apoiar Tarcísio seja em sua reeleição em São Paulo, seja na Presidência.

"Eu acho que [Tarcísio] é o melhor quadro que o Brasil tem e que a gente não pode perder a capacidade que [ele] tem de gestão, como ser humano, como uma pessoa sensível, que sabe fazer gestão, que sabe respeitar as contas públicas e realizar obras e o trabalho social", disse.

Nunes era cotado para suceder o governador em São Paulo, mas seu nome foi descartado, conforme a Folha informou, diante de uma série de críticas que seu vice, coronel Mello Araújo (PL), aliado de Bolsonaro, vem fazendo ao governador.

"[Em São Paulo], acho que a tendência natural é o Felício Ramuth. Evidentemente, você vai ter que sentar com outros partidos, a gente vai ter que dialogar com todo mundo", disse.

No evento, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), que também se coloca como pré-candidato à Presidência, afirmou que o rompimento da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro justifica, do ponto de vista legal, sua prisão.

"Agora, do ponto de vista político-institucional, não posso deixar de lamentar mais uma vez que a gente viva um momento como esse, fruto da polarização", afirmou.

Já o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), voltou a se solidarizar com Bolsonaro e ressaltou que a direita deve lançar mais de um candidato à Presidência.

"Mas nós, governadores de direita, continuamos acreditando em nosso projeto. Percebo que o caminho mais provável é que venhamos a ter alguns candidatos pela direita, o que é bom, porque somos governadores bem avaliados", afirmou.

Zema disse ainda que a divulgação do vídeo da tornozeleira não mudou sua avaliação sobre a prisão de Bolsonaro. Afirmou que, em seus estados, presos monitorados que rompem o equipamento demoram a ser presos por causa da demora para a emissão dos mandados de prisão. "Nesse caso, foi muito mais rápido. Mais um sinal de que há uma perseguição política", afirmou.

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