Após megaoperação no RJ, políticos da oposição associam Lula ao crime organizado
Megaoperação já deixou ao menos 64 mortos, incluindo 4 agentes policiais

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil | Ricardo Stuckert / PR | Renan Olaz/CMRJ
As forças policiais realizam, nesta terça-feira (28), uma megaoperação no Rio de Janeiro que, até o momento, já deixou ao menos 64 mortos, incluindo 4 agentes, e 81 presos. Diante disso, políticos de direita estão emitindo declarações associando a imagem do presidente Lula (PT) ao crime organizado.
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Em publicações nas redes sociais, políticos da oposição utilizam a recente fala do presidente sobre traficantes serem "vítimas dos usuários" para justificar a associação.
No X, o ex-senador Deltan Dallagnol compartilhou a notícia de um drone utilizado pelos criminosos em combate à operação. "O crime organizado está usando até drones com bombas, mas para Lula, a culpa é dos usuários que oprimem os pobres traficantes", afirmou.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também compartilhou a imagem. "Mas, se eu sugerir bombardear barcos de traficantes, a esquerda acha um escândalo e a mídia passa a noticiar isso 24 horas por dia. Nada me surpreende depois que Lula disse que os traficantes são vítimas dos usuários", escreveu o parlamentar no X.
Seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), compartilhou uma publicação do deputado Márcio Gualberto (PL-RJ), que afirma que houve uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro para alertar sobre o tema.
"Estamos lidando com NARCOTERRORISTAS! Infelizmente, toda essa violência e ousadia dos bandidos estão sustentadas pela IMPUNIDADE, pela CORRUPÇÃO GENERALIZADA, por uma LEGISLAÇÃO PENAL E PRISIONAL MUITO BENEVOLENTES PARA COM OS CRIMINOSOS DE ALTA PERICULOSIDADE, e por DECISÕES POLÍTICAS E JURÍDICAS DESASTROSAS", escreveu Gualberto.
No comentário sobre a publicação, Carlos Bolsonaro aponta que "em maio de 2025, o governo brasileiro, liderado por Lula, recusou uma proposta dos Estados Unidos para classificar o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas".
Segundo ele, "essa posição foi reafirmada em reunião com representantes dos EUA, durante a qual o Brasil destacou que suas facções criminosas não se enquadram como terroristas segundo a legislação brasileira".


