Atender aumento da demanda
Confira o editorial desta quinta-feira (30)
A inédita nota de R$ 200 que será lançada pelo Banco Central em agosto, estampada pelo lobo-guará, foi, inevitavelmente, o assunto de quarta-feira (29), entre questionamentos e especulações sobre a necessidade da circulação.
O BC anunciou que se trata de uma medida preventiva, um adiantamento a um possível crescimento na demanda de papel-moeda nos próximos meses. Mas esclarece que, no momento, a quantidade existente é adequada para suprir a demanda.
Aliás, o aumento do uso de dinheiro em espécie é um fato. Em março, a quantidade de dinheiro vivo com a população era de aproximadamente R$ 216 bilhões. A partir desse momento, esse montante começou a subir rapidamente e hoje está em R$ 277 bilhões. Além disso, em momentos inesperados como este da pandemia da covid-19, são comuns os saques para formação de reservas.
Entre os motivos para a maior demanda por cédulas e moedas está no entesouramento, ou seja, o dinheiro guardado em casa. Com a redução da atividade econômica, mesmo os valores pagos em espécie aos beneficiários dos auxílios governamentais não retornaram com a velocidade esperada, porque, segundo o BC, há uma diminuição do volume de compras no comércio em geral.
Colocar a nova cédula em circulação, no planejamento do BC, servirá ainda para reduzir custos de logística e distribuição de numerário pelo país, além de rechaçar impacto na base monetária do País, isto é, não se trata uma medida preventiva contra uma eventual inflação – hoje, de fato baixa, estável e controlada pelo governo Bolsonaro.