BC: Juros do cheque especial e do cartão de crédito voltam a subir

Elevação apurada em agosto leva taxa média praticada no Brasil a 29,9%, maior patamar desde maio do ano passado, diz BC

Por Da Redação
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BC: Juros do cheque especial e do cartão de crédito voltam a subir

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Dados divulgados na última segunda-feira (27), pelo BC (Banco Central), mostram que os juros do cartão de crédito rotativo cresceram 4,6 pontos na comparação com julho e atingiram 336,1% ao ano em agosto. O cheque especial também subiu na mesma base de comparação, embora em menor ritmo (+0,9 ponto percentual) e alcançou 124,9% ao ano. 

Segundo o banco, com as variações, a taxa média de juros no Brasil teve aumento de 1 ponto percentual no mês passado, a 29,9% ao ano, patamar mais alto desde maio de 2020, quando também estavam em 29,9% ao ano.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta da taxa média de juros paga pelos brasileiros foi de 3,3 pontos percentuais. A aceleração dos juros acontece mesmo em um momento de estabilidade da inadimplência dos consumidores na casa dos 3%.

O encarecimento do crédito tem como pano de fundo o aperto monetário conduzido pelo BC em meio à aceleração da inflação. Após ter aberto o ano com a Selic na mínima histórica de 2%, o BC já elevou a taxa em 4,25 pontos de março até agora, ao patamar atual de 6,25% ao ano. Em agosto, mês dos dados divulgados nesta manhã, o BC havia subido os juros básicos em 1 ponto percentual, a 5,25% ao ano.

De acordo com o BC, o spread bancário no segmento de recursos livres permaneceu em 21,7 pontos percentuais, mesmo patamar de julho. No geral, o estoque total de crédito no Brasil subiu 1,5% em agosto sobre o mês anterior, a R$ 4,335 trilhões, resultado que incorpora também o segmento de recursos direcionados, com taxas estipuladas pelo governo.

Devido a isso, o saldo geral de financiamentos no país passou a responder por 52,3% do PIB (Produto Interno Bruto). No acumulado de janeiro a agosto, a expansão do estoque de crédito foi de 7,8% e, em 12 meses, de 15,9%.

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