Bolsonaro depõe à PF nesta quinta-feira (5) em inquérito sobre atuação de Eduardo nos EUA
Para a PGR, ataques de Eduardo Bolsonaro feitos contra autoridades brasileiras tinham Jair Bolsonaro como beneficiário direto

Foto: Marcos Corrêa/PR
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presta depoimento à Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (5), no âmbito da investigação que apura a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.
A oitiva está marcada para às 15h e será realizada em Brasília, na sede da PF. Eduardo é filho de Jair Bolsonaro que, na visão da Procuradoria Geral da República (PGR), era beneficiado diretamente pelos ataques promovidos pelo deputado.
“As evidências conduzem à ilação de que a busca por sanções internacionais a membros do Poder Judiciário visa a interferir sobre o andamento regular dos procedimentos de ordem criminal, inclusive ação penal, em curso contra o sr. Jair Bolsonaro e aliados”, defende a PGR. Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado.
O inquérito contra Eduardo Bolsonaro foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 26, a pedido da PGR. Ele é suspeito de tentar influenciar aliados do presidente Donald Trump a impor sanções contra ministros do STF.
A conduta pode configurar crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigações sobre organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado de Direito.
Em março deste ano, Eduardo Bolsonaro anunciou que tiraria licença do mandato parlamentar para morar nos EUA, onde ele mora desde o fim de fevereiro.
Após a abertura do inquérito, o deputado licenciado se referiu ao ministro do STF Alexandre de Moraes, e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, como psicopatas.
"Essa medida, injusta e desesperada, só configura aquilo que sempre falamos. O Brasil vive um regime de exceção, onde tudo no judiciário depende de quem seja o cliente [...] Gonet, o seu nome é, junto com Moraes, colocado como um dos principais violadores de direitos humanos”, afirmou.
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