Casos de SRAG em crianças seguem em crescimento, alerta Fiocruz

Segundo dados do Boletim InfoGripe, da Agência Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (17), a incidência de casos de  Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças apresentou um crescimento significativo em diversos estados ao longo do mês de fevereiro, período de retomada do ano letivo. No entanto, a manutenção do cenário apresenta queda na população em geral.

Os dados laboratoriais preliminares sugerem possível aumento nos casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) na faixa etária 0-4 anos, além da interrupção de queda nos casos associados ao Covid-19 na faixa de 5-11 anos.

Já entre a população adulta, segundo o Boletim, segue acontecendo uma desaceleração gradual na taxa de queda de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o que pode indicar um processo de estabilidade. Na população de acima de 70 anos, a queda semanal de casos segue expressiva. A análise abrange o período entre 6 de fevereiro a 12 de março, da Semana Epidemiológica (SE) 10.

Nas quatro últimas Semanas Epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 0,8% para Influenza A, 0,2% para Influenza B, 6,5% para VSR, e 86,7% para Covid-19. Em número de mortes, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,5% para Influenza A, 0,0% para Influenza B, 0,4%para VSR, e 97,3% para Covid-19.

Unidades da Federação

Nas 27 unidades federativas a tendência de longo prazo até a semana 10 apresenta crescimento no Distrito Federal, Espírito Santo e Roraima. Já as demais apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo. No entanto, os estados Ceará, Maranhão, Sergipe e Tocantins apresentam sinal de crescimento em curto prazo.

Em todas as localidades que apontam algum sinal de crescimento, o cenário é restrito à população infantil, se mantendo em queda ou estabilidade na população adulta

Capitais 

Das 27 capitais, apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 10 apenas Boa Vista (RR) e Fortaleza (CE). Já em outras três observa-se a característica de expansão somente na tendência de curto prazo, como João Pessoa (PB), Porto Velho (RO) e Salvador (BA).

Em Fortaleza, João Pessoa e Salvador os dados por faixa etária sugerem se tratar de aumento significativo concentrado fundamentalmente nas crianças e adolescentes (0-9 e 10-19 anos). 

Com exceção das capitais Boa Vista (RR) e Fortaleza (CE), que indicam sinal de crescimento na tendência de longo prazo, e Cuiabá (MT), Rio de Janeiro e Vitória (ES) que apresentam sinal de estabilidade, todas as demais apresentam sinal de queda de longo prazo.