Com aumento das bets, órgãos de defesa do consumidor devem criar regras mais rígidas para fiscalização dos apostadores
Senacon emite nota técnica conjunta com o Procon do Rio de Janeiro para tratar do tema

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Com um aumento expressivo das apostas esportivas pelo país, conhecidas como bets, os órgãos de defesa do consumidor devem criar regras mais rígidas para a fiscalização adequeada dos apostadores. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, emitiu uma nota técnica conjunta sobre o tema, em parceria com o Instituto de Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro (Procon-RJ).
O documento visa orientar os órgãos de defesa para fortalecer a fiscalização, responsabilizar os agentes do mercado e proteger os cidadãos. O texto analisa os impactos das práticas de consumo relacionadas às apostas, principalmente no ramo da publicidade, da transparência das informações e do dever de cuidado com os consumidores das bets, em especial os mais vulneráveis.
No material, são listadas as preocupações causadas com o crescimento das casas de apostas. Confira quais são:
- Publicidade agressiva;
- Divulgação de ganhos fáceis;
- Omissão de riscos;
- Ausência de informações claras e práticas;
- Práticas que podem induzir as pessoas ao erro.
Além do público jovem, os consumidores que possuem a maior preocupação dos órgãos de defesa do consumidor são as pessoas endividadas ou aquelas suscetíveis a desenvolver comportamentos compulsivos.
Por fim, a nota alerta sobre o papel dos influenciadores digitais. Como um dos principais promotores das bets, os "influencers" precisam observar os princípios do Código de Defesa do Consumidor (CDC).
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