Confiança do mercado liga sinal de alerta

Após dois meses de melhora na confiança empresarial e dos consumidores, com setembro e outubro atingindo níveis anteriores à pandemia da covid-19, novembro, até agora, apresenta um panorama negativo, segundo a prévia das sondagens feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). 

Liga o sinal de alerta para a crise do novo coronavírus na economia nacional, agora com milhares de brasileiros com o auxílio emergencial reduzido a R$ 300 e um futuro a curto prazo (leia-se 2021) um tanto nebuloso

Tem a ver, claro, com o medo de uma segunda onda da doença, que governadores insistem em vociferar dia a dia, mesmo que, ao menos no momento, os índices de contágio e média móvel estejam entre números melhores do que em meados do ano.

Em relação ao número final de outubro, o ICE (Índice de Confiança Empresarial) recuou 0,9 ponto, para 96,2 pontos. Já o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) caiu 2,2 pontos, para 80,4 pontos. Os resultados têm como base dados coletados até o dia 13 de novembro.

A prévia sinaliza, também, uma paralisação no processo de recuperação da confiança empresarial iniciada em maio. A indústria – ainda – continua com resultados favoráveis em relação ao momento presente, mas, mesmo neste setor, as expectativas em relação aos próximos meses começam a ser revistas para baixo. 

Os consumidores continuam cautelosos em relação ao futuro, influenciados, no âmbito micro, pelos riscos à situação financeira familiar da manutenção das atuais condições desfavoráveis do mercado de trabalho e, no âmbito macro, às questões fiscais e sanitárias do país.