Contratos de aluguel que vencem em fevereiro terão alta de 16,9%, diz FGV
Correção do valor avançou 1,82% em janeiro

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Dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgados na última quarta-feira (27), mostram que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), indicador responsável pela correção da maioria dos contratos de aluguel vigentes no Brasil, avançou 1,82% em janeiro. Com a variação superior à apresentada em dezembro do ano passado (+0,87%), a "inflação do aluguel" soma alta de 16,91% nos últimos 12 meses, a menor variação acumulada desde setembro de 2020.
De acordo com o levantamento, o percentual será usado como referência para reajustar as locações com vencimento no mês de fevereiro. Na prática, os inquilinos que pagam atualmente um aluguel de R$ 1.500 terão que desembolsar R$ 1.753,65 (+R$ 253,65) para continuar morando no mesmo imóvel nos próximos meses.
Desse modo, especialistas recomendam a renegociação com o proprietário da residência. De acordo com o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, a alta mensal do IGP-M foi provocada, principalmente, pelo salto de 18,26% do preço do minério. Segundo ele, a variação respondeu por 52% do resultado do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA).
O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente da apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.