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Debater a evasão escolar é urgente à Bahia

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Debater a evasão escolar é urgente à Bahia

Por Editorial
Debater a evasão escolar é urgente à Bahia
Foto: Divulgação

A evasão escolar ainda é um problema grave na Bahia. Os índices divulgados na última quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), aponta que o estado tem o segundo maior percentual – 44,6% – de adolescentes fora das escolas, atrás apenas de Sergipe (49,2%). Significa que quatro em cada dez jovens baianos, entre 15 a 17 anos (44,6%), abandonam os estudos ou sequer chegam ao ensino médio.

É uma desnorteante realidade baiana, inclusive reconhecida pelo governador Rui Costa em recente entrevista concedida à Records News. A Bahia amarga há décadas resultados pífios em educação, e é o estado com o pior Indicador de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do país com nota 3,0, abaixo 1,3 da meta do Ministério da Educação (MEC).

Mas em relação à preocupante evasão, que muito tem a ver com o pior Ideb do Brasil, o agravante em se ter cada dia menos adolescentes e crianças dentro da sala de aula reside, principalmente, no perigo eminente do envolvimento com a criminalidade, sujeitos ao trabalho infantil ou cooptados pelo tráfico.

Numa probabilidade menos cruel, no entanto, igualmente preocupante, a evasão escolar acarreta em um aumento considerável de jovens ociosos e despreparados para enfrentar – sem formação escolar básica – o escasso e concorrido mercado de trabalho.

Em ambos os casos, a criança ou adolescente longe das escolas é um aglomerado de problemáticas, algumas muito pessoais, que diz respeito a quem entende ser melhor fugir das salas de aula, outras mais complexas, que envolvem questões familiares, sociabilidade fragilizada ou mesmo por causa de racismo, bullying, que são, sim, realidades cruéis difíceis de serem exorcizadas do ambiente escolar.

Soluções, mecanismos e resultados são difíceis de se prever, exigem transformações inúmeras e em diferentes níveis, no entanto, é determinante que governo, sociedade civil e organizada, além dos próprios gestores na educação, repensem com urgência o tipo de sala de aula que eles querem e confrontar com o tipo de aprendizado que os jovens querem, e florescer algo novo, afinal, os índices medíocres da Bahia já desceram do limite faz tempo.

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