Em dois meses, mais de 280 mil pessoas deixaram planos de saúde

Tendência é que Sistema Único de Saúde (SUS) fique sobrecarregado

Por Da Redação
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Em dois meses, mais de 280 mil pessoas deixaram planos de saúde

Foto: Reprodução

Dois meses após o início da epidemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil, em abril, 67.460 pessoas deixaram os planos de saúde. No mês de maio, a situação foi a mesma, mas para 216.217 brasileiros. A maioria são pessoas que perderam seus empregos ou sofreram com os impactos gerados na crise pela pandemia. Sem saúde suplementar, mais de 280 mil pessoas passam a contar apenas com o Sistema Único de Saúde (SUS) e  a tendência é que rede pública fique sobrecarregada.  

O superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), José Cechin, acredita que se a mesma situação de maio se repetir em junho, o país vai contar com o pior trimestre da história. 

"De fato, estamos numa crise. Isso vem acontecendo de forma importante desde abril e acelerou em maio: 216 mil a menos em um mês só é uma variação importante. Ainda não temos os dados de junho, mas também deve haver perda de beneficiários, porque não houve retomada", afirma Cechin e completa “Com a saída em massa dos planos, a maioria vai mesmo ter que ir para a fila do SUS e buscar atendimento em UPA."

Por meio de nota, A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) afirmou que já discute novas medidas para que beneficiários permaneçam nos planos em meio ao coronavírus. "[Temos] discutido e implementado medidas para viabilizar o equilíbrio do setor de forma que todos os atores (beneficiários, prestadores e operadoras) permaneçam no sistema durante a crise causada pela Covid-19. Num momento totalmente atípico como o que estamos vivendo, é essencial o engajamento de todos os segmentos para a mitigação das graves consequências da pandemia, e a reguladora tem envidado todos os esforços nesse sentido”, disse.

O Ministério da Saúde também se manifestou por meio de nota e afirmou que “Todos têm direito de acesso aos serviços de saúde, independente de possuir planos" e “Aqueles que não têm acesso à rede privada poderão recorrer, assim, à rede pública."

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