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"Equiparação Já": Procurador do MPSP lamenta fazer parte de "classe social inferior" aos desembargadores em grupo de WhatsApp

Grupo foi criado para reivindicar equiparação salarial entre promotores e magistrados.

Por Da Redação
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Atualizado
"Equiparação Já": Procurador do MPSP lamenta fazer parte de "classe social inferior" aos desembargadores em grupo de WhatsApp

Os membros do Ministério Público (MPSP) demonstram insatisfação com os proventos recebidos em comparação com os desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Em grupo dos procuradores, intitulado "Equiparação Já", Márcio Sergio Christino enviou mensagens onde questionou se os membros do MPSP andaram de Porsche.  Segundo o Procurador, os desembargadores paulistas, discutem a compra de carros de luxos entre si. A conversa foi registrada no sábado (20).

Segundo apuração do Portal Metrópoles, o questionamento foi feito antes de Christino comentar um almoço com os proprietários dos carros de luxo.

“Parece que ficamos acostumados com o desnível financeiro e social que nos colocamos em relação à Magis [magistratura]. Só lembrei disto agora porque no Instagram de um desembargador amigo está uma foto dele andando de Porsche pela Rodovia Bandeirantes com o teto solar aberto. Isto me lembrou o almoço em que eles [desembargadores] discutiam justamente isso”, disse no grupo de mensagens.

O procurador equiparou os proventos recebidos com os outros servidores do MPSP: “Vocês sabiam que, percentualmente, a diferença entre nós e os desembargadores é maior que a diferença entre nós e os analistas? Ou seja, estamos mais perto de sermos vistos financeiramente como funcionários do que como iguais. Não é à toa que os sorrisos maliciosos nos sejam dirigidos. A ideia de sermos secretários de juízes está fazendo escola. Infelizmente. Isto confirma o que eu havia dito antes: agora estamos em uma classe social inferior”, desabafou Christino.

Outra procuradora acompanhou os comentários de Chistiano. Valéria Maiolini contou aos colegas que outro juiz comprou o terceiro carro de luxo, completando R$ 1 milhão apenas em carros de alto padrão, enquanto os membros do MPSP queriam "receber o mínimo".

“Um conhecido meu, juiz, acabou de comprar o terceiro carro de colecionador! Mais de 1 milhão só em carros de colecionador para ficar na garagem e sair só de final de semana! E nós aqui precisando brigar para receber o mínimo do que temos direito”, disse Valéria, que tem média salarial de R$ 70,8 mil.

No grupo, os membros do MPSP defendem penduricalhos, que são benefícios e remunerações extras dadas a servidores públicos, hostilizam colegas que se opõem aos privilégios e ridicularizam outras carreiras, como a de professores: “E, pior, não há mudança de perspectiva à vista, estamos nos tornando iguais a magis… magistério”, ironizou.

O Portal Metrópoles questionou o procurador Márcio Christino, que questionou a autenticidade das mensagens: “Informação anônima não confirmada é de uma irresponsabilidade total e dá motivo para medidas legais cabíveis. Desconheço esta conversa e lamento que o site seja manipulado dessa forma”, disse.

Segundo o portal, logo em seguida, o Christiano comentou sobre o vazamento no grupo: “O vazador está aqui e agora vigiando quem fala criticamente do PGJ”, disse.  

Para o procurador, as conversas foram expostas para a imprensa porque ele é candidato de oposição ao grupo do atual chefe do MPSP, o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa.

“O MP está em época de disputas eleitorais e sou candidato, evidente a intenção de interferir no processo eleitoral. Isto mostra como o processo político interno transborda. Especialmente para quem contesta ações e omissões da própria instituição”, disse Christino.

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