Estudo aponta que mais de 200 mil crianças morrem por rotavírus em um ano
Rotavírus foi responsável por 33% das internações nos países que participaram da pesquisa da OMS

Foto: Agência Brasil
Uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) identificou que os rotavírus ainda são responsáveis pela maior parte dos casos graves de diarreia em crianças menores de cinco anos, em países de baixa e média renda, provocando mais de 200 mil óbitos por ano, apesar da disponibilidade de vacina.
Os dados, publicados na revista científica BMJ Global Health, são de um amplo estudo realizado pela Rede Global de Vigilância da Diarreia Pediátrica, coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e com participação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). A pesquisa conta com informações do monitoramento realizado entre 2017 e 2019 em hospitais de 28 países, abrangendo as regiões das Américas, África, Europa, Ásia e Oceania.
Os resultados do estudo, segundo os cientistas, reforçam a importância de vacinar a criança contra o rotavírus. Nos países que participaram da pesquisa, o vírus foi responsável por 33% das internações. Mas nos locais com disponibilidade de imunizantes, o impacto da infecção caiu pela metade.
Além dos rotavírus, a pesquisa também identificou outros microrganismos que causaram hospitalizações infantis no período analisado. São elas: a bactéria Shigella (responsável por 10% dos casos), os norovírus (detectados em 6,5% dos casos) e os adenovírus (confirmados em 5,5% dos casos).
Segundo estimativa dos pesquisadores, o número de mortes de crianças menores de 5 anos provocadas anualmente por cada um dos microrganismos em países de baixa e média renda são 208 mil pelos rotavírus; 63 mil pela Shigella; 37 mil pelos adenovírus; e 36 mil pelos norovírus.