Flávio Bolsonaro afirma que Renan Calheiros cometeu 21 crimes em CPI
Segundo ele, a lista será entregue ao Ministério Público Federal (MPF)

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Incluído na lista de indiciados no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, feito pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) classificou o documento como uma "aberração jurídica" e uma peça política. Para o senador, a CPI "não investigou fatos para chegar aos acusados, mas escolheu os acusados e trabalho para tentar incriminá-los".
Na opinião de Flávio, quem cometeu crimes teria sido o próprio Calheiros. E para provar sua acusação, o político afirmou que entregará ao Ministério Público Federal (MPF) uma lista com 21 crimes supostamente praticados pelo relator como abuso de autoridade, prevaricação e perseguição.
"Essas 21 possibilidades de crime cometidas serão encaminhas ao Ministério Público Federal e as penas máximas somadas ultrapassam os 60 anos de cadeia. Eu sugiro que todos os advogados de clientes que estiveram sentados nessa cadeira sendo torturados, sendo humilhados, façam o mesmo", disse.
Flávio Bolsonaro ainda comentou que não foi garantido o direito à ampla defesa da parte dos indicados para serem indiciados e apontou que teria sido incluído pelo relator por "vingança" por ter defendido os depoentes.
O parlamentar afirmou ainda que a comissão tenta colocar a culpa de todos os problemas no presidente Jair Bolsonaro, mas ressaltou que o governo aplicou mais de R$ 600 milhões no combate à pandemia.