Importações de pequenas compras cresceram 3.400% em 9 anos, diz BC
Se considerar somente a variação entre 2021 e 2022, o crescimento foi de 131,7%

Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil
As pequenas importações feitas por grande parte das pessoas físicas tiveram um aumento exponencial nos últimos anos, principalmente nas plataformas como Shein. Shopee e AliExpress, que ganharam espaço no mercado nacional.
Dados do Banco Central mostram a categoria classificada como "importações de pequenos valores", onde entram as compras feitas por meio desses sites e também pelos Correios, por exemplo, cresceu mais de 34 vezes desde 2014.
Naquele ano, essas operações eram uma pequena rubrica da balança comercial e somaram US$ 377 milhões, o equivalente a 0,2% das importações totais de mercadorias do país, que foram de US$ 230,7 bilhões em 2014.
Já em 2022, esse número saltou para US$ 13,1 bilhões, com representação de 4,4% das importações totais: R$ 296,2 bilhões.
Nesses nove anos, o aumento nos valores transacionados por pequenas importações foi de 3.385%. Mas, se considerar somente a variação entre 2021 e 2022, o crescimento foi de 131,7%, sendo que em 2021 essas importações chegaram à marca de US$ 5,7 bilhões.
No entanto, ampliar a fiscalização e a taxação das compras internacionais de pequenos valores é uma das ações do Ministério da Fazenda e da Receita Federal, como forma de reduzir as perdas e amplicar a arrecadação do governo.
A intenção é conseguir devolver as contas do país para o azul e ser capaz de cumprir as metas de economia prometidas pela nova regra de controle de gastos apresentada pelo governo.
Sem dar muitos detalhes, o governo informou na quarta-feira (12) que pretende limitar a isenção de imposto sobre encomendas internacionais de até US$ 50 feitas no país, o que atingiria diretamente o negócio das plataformas estrangeiras especializadas nesse tipo de e-commerce.