Jair e Eduardo Bolsonaro instigaram "agressão" de Trump ao Brasil, afirma Moraes
Ministro do STF autorizou operação da Polícia Federal contra o ex-presidente

Foto: Isac Nóbrega/PR | Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Alan Santos/PR | Antonio Augusto/Secom/TSE
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o filho deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) "lamentavelmente" instigaram o governo do presidente americano Donald Trump a tomar "novas medidas e atos hostis contra o Brasil", incluindo "submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado, com clara fronta à soberania nacional".
"Lamentavelmente, o investigado Eduardo Nantes Bolsonaro e o réu Jair Messias Bolsonaro comemoraram a gravíssima agressão estrangeira ao Brasil, manifestando-se favoravelmente às ‘sanções/taxações’ e instigando o governo norte-americano a tomar novas medidas e atos hostis contra o Brasil, inclusive para ‘submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado, com clara afronta à soberania nacional’, como se verifica em várias manifestações nas redes sociais e na imprensa", escreveu Moraes.
Moraes autorizou que a Polícia Federal (PF) apresentasse o pedido de busca e apreensão contra o ex-presidente, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de uso das redes sociais.
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A defesa de Bolsonaro informou em nota que recebeu as medidas cautelares com "surpresa e indignação".
"A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário", afirmou.
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