Jornalista chinesa presa por cobertura da Covid-19 em Wuhan está perto da morte, diz família
Ela se declarou em greve de fome e foi alimentada à força durante meses por sondas nasogástricas

Foto: YOUTUBE / AFP / Getty Images
A jornalista chinesa Zhang Zhan, está perto de morrer, advertiu a família. Aos 38 anos, ela se declarou em greve de fome e foi alimentada à força durante meses por sondas nasogástricas. Seu irmão, Zhang Ju, advertiu na semana passada no Twitter que ela está muito magra e "pode não sobreviver ao inverno".
Zhang Zhan foi detida em maio de 2020 depois de filmar a aplicação do confinamento na cidade de Wuhan após a detecção inicial da Covid-19 na região. A jornalista foi condenada em dezembro a quatro anos de prisão por "provocar distúrbios da ordem pública", uma acusação habitualmente aplicada na China a dissidentes políticos.
Na quinta-feira (4), a Anistia Internacional pediu a libertação imediata de Zhang para que "termine a greve de fome e receba o tratamento que precisa desesperadamente". O pedido veio também da organização Repórteres Sem Fronteiras que solicitou à comunidade internacional que pressione por sua libertação "antes que seja tarde demais".
Uma informação passada por um dos advogados da jornalista à AFP, diz que a família pediu autorização para visitá-la na prisão em Xangai, mas não recebeu resposta. Os representantes de Zhang não possuem informações sobre o atual estado de saúde da jornalista.
Além de Zhang Zhan, ao menos outros três jornalistas independentes (Chen Qiushi, Fang Bin e Li Zehua) estão detidos pela cobertura sobre a crise epidêmica em Wuhan.


