Juíza autoriza condução coercitiva de Marconny Albernaz à CPI da Pandemia

Depoimento está marcado para quarta (15)

[Juíza autoriza condução coercitiva de  Marconny Albernaz à CPI da Pandemia ]

FOTO: Agência Senado

A Justiça Federal de Brasília determinou nesta segunda-feira (13) a condução coercitiva do lobista Marconny Albernaz de Faria para depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. O depoimento está marcado para quarta-feira (15).  Na semana passada, a defesa divulgou nota na qual informou que ele comparecerá. "Não é verdade que eu sou um 'foragido' da CPI. Sequer fui intimado. Estou à disposição da comissão para prestar depoimento na data designada", afirmou no texto da nota.

De acordo com os senadores, Marconny Albernaz de Faria é um intermediário da Precisa Medicamentos, que fechou contrato com o Ministério da Saúde de mais de R$ 1 bilhão para venda de vacinas contra o novo coronavírus. O contrato, no entanto,  foi suspenso por suspeita de irregularidades. A comissão obteve mensagens que demonstram que Marconny também tentou fraudar uma licitação para a compra de testes contra a Covid-19.

Além disso, os senadores também dizem ter indícios de que o advogado tem proximidade com a família e com a advogada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A CPI tinha se programado para ouvir o depoimento de Albernaz no início do mês, mas ele não compareceu. À Justiça, a CPI da Covid afirmou que ele tem demonstrado inequívoca intenção de não prestar os esclarecimentos. Segundo a Advocacia do Senado, o depoimento é absolutamente imprescindível para as investigações.

Na decisão, a juíza Pollyana Kelly Alves afirmou que a testemunha não pode se recusar a prestar depoimento sobre fatos que tenha conhecimento, seja em juízo, seja perante a Comissão Parlamentar de Inquérito. Além disso, a magistrada negou o pedido de apreensão do passaporte e a proibição de deixar a cidade sem prévia autorização da CPI.


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