Justiça determina que PM acusado de matar Leandro Lo vá para prisão comum

O ex-PM estava preso no Presídio Militar Romão Gomes, que é destinado apenas a presos que ostentem a condição de militar, seja da ativa ou da reserva.

Por FolhaPress
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Justiça determina que PM acusado de matar Leandro Lo vá para prisão comum

Foto: Reprodução

O ex-policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, réu pelo assassinato do lutador Leandro Lo em 2022, será transferido para uma unidade prisional comum. A decisão é da juíza Fernanda Jacomini, da 1ª Vara do Júri da Capital, e atende a pedido do Ministério Público.

O pedido foi feito após o TJM-SP (Tribunal de Justiça Militar de São Paulo) ter votado de forma unânime pela exoneração de Velozo. O tribunal classificou as atitudes do agora ex-tenente como "desonrosas" e "incompatíveis" com o cargo.

No dia 19 de setembro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) assinou a demissão.

O ex-PM estava preso no Presídio Militar Romão Gomes, que é destinado apenas a presos que ostentem a condição de militar, seja da ativa ou da reserva.

"A determinação de transferência do réu não fere seu direito à integridade física, tampouco à dignidade humana. Os órgãos prisionais têm locais adequados para que o detento esteja seguro, considerando as suas particularidades", sustentou a magistrada na decisão.

Lo tinha 33 anos quando foi assassinado na madrugada do dia 7 de agosto de 2022. Ele estava em um show do grupo de pagode Pixote, no Esporte Clube Sírio, no bairro Planalto Paulista, quando foi baleado na cabeça pelo tenente Velozo.

A investigação aponta que o policial deixou o local e se dirigiu para um prostíbulo. Depois, acompanhado, foi para um motel na marginal Pinheiros. Ele se entregou à Corregedoria da PM na mesma noite.

A reportagem tenta contato com a defesa de Velozo. Em entrevistas anteriores, o advogado Claudio Dalledone, que representa o policial, afirmou que seu cliente agiu em legítima defesa.

Ivã Siqueira Junior, advogado da família do lutador, disse na época do crime que, segundo testemunhas, o desentendimento teve início depois de um homem entrar na roda de amigos de Lo, pegar uma garrafa de bebida e começar a chacoalhá-la. Ao mesmo tempo, o homem estaria encarando o lutador, como forma de provocação.

Lo teria, então, derrubado o homem e o imobilizado. Outras pessoas se aproximaram e separaram a briga, de acordo com relatos de testemunhas aos quais o advogado da família afirma ter tido acesso.
Velozo teria, então, sacado uma arma e, de frente para a vítima, disparado uma única vez na cabeça do lutador, que foi atingido na testa.

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