Justiça mantém indicação de Abraham Weintraub para Banco Mundial
Na decisão, juiz classificou pedido de 'patrulhamento ideológico'

Foto: Agência Brasil
A Justiça Federal no Distrito Federal arquivou nesta sexta-feira (3), uma ação que tentava suspender a indicação do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, para o cargo de diretor do Banco Mundial. A ação popular, movida pelo deputado federal Ivan Valente (Psol-SP), diz que a indicação não atende a interesses públicos, mas pessoais. Além de apontar desvio de finalidade. No pedido, o parlamentar também citou que ele é investigado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), um por ter defendido a prisão e ter chamado os ministros da Corte de vagabundos e outro por suposto racismo ao responsabilizar chineses pela pandemia do novo coronavírus.
Na decisão, do dia 30 de junho, o juiz da 4ª Vara da Justiça Federal, Itagiba Catta Preto Neto, fez duras críticas à ação. Segundo ele, o pedido tem cunho partidário e ideológico e disse que o objetivo era envolver o Poder Judiciário no universo político partidário, já que toda a ação foi baseada em notícias de jornais.
De acordo com o magistrado, divulgação de “fatos” e opiniões nas redes sociais não são hábeis a ensejar intervenção do Judiciário em atos de governo, assim como os divulgados nos veículos de imprensa tradicionais. “A credibilidade de tudo isso é bastante subjetiva e insuficiente para ensejar atuação judicial em ação popular”, afirmou. O juiz alega também que o autor da ação não apontou fato concreto específico e que pretende alterar a política do Poder Executivo por ordem judicial.