Líder espírita Kleber Aran é condenado a mais de 50 anos de prisão por crimes sexuais contra vítimas vulneráveis
Religioso operou um esquema abusivo dentro de templo religioso.

Foto: Reprodução/ Redes Sociais
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) acolheu o pedido do Ministério Público da Bahia (MPBA) de ampliação da pena do líder espírita Kleber Aran Ferreira e Silva, de 20 anos e cinco meses para 51 anos, 4 meses e 25 dias de prisão.
A decisão do último dia 12 reconheceu o crime de estupro de vulnerável, que foi rejeitado inicialmente pela 4ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Salvador.
As vítimas relataram que Aran as coagia a consumir bebidas alcoólicas durante os encontros, o que aumentava sua vulnerabilidade e facilitava os abusos, configurando o crime de estupro de vulnerável previsto no artigo 217-A do Código Penal. Ele convencia as vítimas, muitas delas fragilizadas emocionalmente ou com familiares doentes, de que manter relações sexuais com ele era necessário para realizar trabalhos espirituais e fornecer "energia sexual" para as entidades.
Segundo a denúncia, o líder, que afirmava incorporar ‘Dr. Fritz operava um esquema de abuso de poder e manipulação psicológica dentro do centro religioso. A decisão destaca que as provas demonstraram um padrão de manipulação psicológica e espiritual exercido pelo réu sobre suas vítimas.
Kleber já havia sido condenado à prisão por violação sexual mediante fraude contra três mulheres em 2024. Foi estabelecida a indenização de R$50 mil por vítima, por danos morais.