"Me apresente uma matéria", desafia Bolsonaro ao negar existência de gabinete do ódio
Presidente afirmou que ninguém recebeu fake news nas eleições

Foto: Reprodução/Redes sociais
Em entrevista ao Os Pingo nos Is, da Jovem Pan, nesta quarta-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro negou a existência do chamado 'gabinete do ódio' e pediu que apresentassem uma matéria que poderia ter interferido nas eleições de 2018.
"Abriram processo contra mim, o Tribunal Superior Eleitoral, e não acharam nada. Acusaram o Luciano Hang de ter pagado disparos para fora do Brasil, cada disparo R$ 12 milhões. Da minha parte não tem nada, falam tanto em gabinete do ódio, me apresente uma matéria que possa ter interferido nas eleições", afirmou, ao ser questionado sobre a retomada da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News.
Além disso, o presidente também questionou o que teria dito ou espalhado durante a campanha eleitoral sobre o adversário, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que não é verdade.
"O que eu poderia falar contra o Haddad? O Haddad é um cara honesto, de partido honesto? Fake News. O partido do Haddad é contra o aborto, seria Fake News. O Haddad é pró-armas, fake news. Agora quem falou o contrário disso, é verdade".
Em conclusão, o presidente afirmou que acredita que a retomada da CPMI das Fake News deve interferir nas eleições presidenciais de 2022.
"Querem interferir diretamente nas eleições, derrubando páginas, cerceando a liberdade de expressão e só pro lado de cá", concluiu.